Um cão como nós
Fui busca-lo em 2016.
Veio para a minha casa com três meses. Deu lhe um nome de pessoa.
Não contei a ninguém que tinha arranjado um cão.
A minha mãe nem refilou, o meu pai ficou fulo. Deu as boas vindas com vómito no colo de minha mãe.
Chorou todas a noites durante um mês, não queria ficar sozinho.
Ganhou a sua luta e durante um tempo dormiu no meu quarto, assim já não gania toda a noite.
Acabaram os tapetes no Hall e na sala, foi a única coisa que estragou.
É guloso, brincalhão, medroso, enjoa nas viagens.
Passou a ser como família, vai connosco de fim-de-semana e de férias.
Tenho de ter alguns cuidados com ele.
Há dias que não me apetecia passear-lo, principalmente no inverno em dias de frio. Contudo sabe sempre bem aquela voltinha.
Por vezes quero estar sossegado e ele não me deixa, quer brincar.
Anda sempre a trás de mim como sombra, nunca mais fui à casa de banho sozinho, até quando estou no banho ele fica ali sentado à minha espera.
Faz me esperas quando chego a casa e dá saltinhos de felicidade.
É raro ouvi-lo ladrar.
Tenho um grande amor pelo cão. É um bocado ridículo escreve-lo, mas é verdade.
Esta foto não é minha, mas este cão é muito parecido com o meu.