Pedi na quinta, segunda perguntei se havia a hipótese ou não. A gerência reunia segunda-feira à tarde.
Hoje chamou-me e lá me deu o aumento, não era o que pretendia, porém já era bom, já mostravam alguma boa vontade.
Enquanto falava com ele só pensava no quanto é que se ia transformar em ordenado liquido.
Assim que saí da sala, fui logo a correr fazer contas.
Feitas as contas ui, vou receber líquidos dez euros. Subi de escalão de IRS e pronto lá se vai o aumento.
Mandei logo um e-mail com as continhas feitas, não serviu de nada mas desabafei.
Apetecia-me ter dito ah foda-se!
O ditado diz grão a grão enche a galinha o papo... Será?
Em Janeiro falamos de novo.
Assim como quem não quer a coisa disse: Ah só queríamos pensar em aumentos em Janeiro, mas como gostamos muito do Homem Certo, cá está o aumento, Não queria nada passar por pobre e mal agradecido, mas pronto.
Tive o reconhecimento que pretendia... só que não esse reconhecimento não me paga as contas.
Pensei neste últimos dias que teria de pedir à gerência um aumento.
Comparando o IRS deste ano com o de à três anos estou a ganhar bem menos, foi a crise que passou e não passa.
Pensei toda semana passada nos argumentos, terça não estava, quarta também não, ontem saquei das armas e conversamos sem rodeios. Directo, já tinha as continhas todas feitas, de quanto precisava ganhar em bruto para receber o liquido que acho justo.
Fez-me aquela conversa do bandido cheio de elogios e considerações, nem que sim nem que não, ia pensar, enquanto ele fazia as suas considerações à cerca do meu trabalho babava-me todo por dentro, cheio de orgulho, a pensar no bom que sou(?), se calhar fiquei desarmado, se foi truque quase que resultava,
Argumentou que pedia muita coisa mais dinheiro e mais contratações, porque preciso, pelo menos, mais dois colegas nas minhas contas, nas da gerência apenas um. Pois é não se pode ter tudo. E há mais pessoas que mereciam aumento, dizia ele, pois é, verdade, concordo plenamente, dizia eu, mas eu falo por mim, e eles falarão por eles, cada um puxa a brasa à sua sardinha.
Muita conversa, saí dali quase na mesma, mas disse o que queria.
No fim disse que se não conseguisse o que propunha, que ia começar à procura a ver a minha sorte noutro lado.
Não era preciso ter-lhe dito, dizia-me, percebeu pela conversa. Ainda bem que nos entendemos. Não me apetecia sair dali, contudo não me apetece ficar com estas condições.
Enquanto ontem estava calmo, apesar de ter muito trabalho, fui fazendo tudo nas calmas e lá consegui fazer tudo a tempo e horas.
No entanto hoje não consegui aguentar o stresse e refilava com tudo, enchia o peito parecia que ia rebentar e queria rebentar. Aproveitei para deitar tudo cá para fora, o meu chefe só dizia " tem calma, respira, vá tem calma", nem sei como é que ele tem paciência para me aturar.
E pronto no final do dia tinha tudo feito. Se me perguntarem porque eu sou assim, nem sei dizer.
Tenho um colega que quase não tenho dúvidas que tem um atraso.
Começo por distribuir tarefas.
Tarefa 1 depois a 2 a 3 e por aí a diante. Quando acaba a 1a já se esqueceu da 2 e já quer fazer a 4, e este trabalho tem mais ou menos uma sequência lógica.
Enfim, tenho de estar sempre de olho no trabalho dele e no meu.