A vida é injusta. Queria estar no Facebook, ver as fotos no instragam, ver vídeos no snapchat, ler um livro, dar beijinhos no meu amor.
Beber um cerveja de maçã, depois de beber um rose ranhoso, que comprei a pensar que era mesmo bom e ter discernimento para me agarrar à leitura e ter uma conversa decente.
Ao Domingo é sempre uma festa. Há famílias inteiras por ali, ou a festejar aniversários ou a conviver simplesmente.
Vê-se avós a passear os netos, pais com filhos, donos com cão, amigos, namorados, tem de tudo.
Num ambiente familiar peculiar.
Costumo sentar-me numa sombra a ler, a observar as pessoas, a conviver também.
Pensei em ir à praia, mas o ir vir mata-me um bocadinho, como estava muito calor decidi ficar por ali, e fiz bem porque ali estava fresco. Mais um bocadinho e dormia uma sesta.
Cheguei a casa, agarrei no cão, fui passear. Voltei a casa, deitei-me avaliei o meu dia.
Igual aos outros. Quando é assim já não é mau.
Ando perdido nos lugares que conheço, sinto-me só mesmo bem acompanhado.
Queria chegar aqui e contar as piadas do dia-a-dia. Só que este dia foi tão... Chato!
Deambulei pelo trabalho e diverti-me a chatear os outros. Fui pouco produtivo, tenho sido tão mau que ainda levo cartão amarelo.
Ontem fui jantar com o Humberto bebemos sangria ao jantar, divertimos-nos. Sabemos entreter-nos. Sabemos ser miúdos quando queremos, sonhamos alto juntos, fazemos planos de viagens, planos do euromilhões se saísse, planos de noitadas, planos. Falamos do passado do presente e do futuro. Ontem esqueci-me do que me chateia, que ainda não descobri ou não quero descobrir.
Há quem diga que é preciso perder-se para se encontrar.
Imaginem que durante um mês andam a negociar uma casa, um namoro que se arrasta, ainda por cima esteve meses vazia.
Quando está tudo acertado com as partes o Bigodes lembra-se.
- Olha temos um problema, olha comprometi-me com uma pessoa para este imóvel. Ao começo fiquei meio a pensar se estava a perceber bem, demorou um bocado a entrar na cabeça.
Para ele é sempre tudo fácil, sugeriu em vez de o cliente ficar com este imóvel propor para ficar com outra, pelo mesmo valor e maior. Tudo muito certo. Só que eu já tinha mostrado a tal casa maior e os clientes não ficaram interessados.
Apesar de ser maior a casa que os meus clientes queriam tinha certas características que é difícil encontrar numa casa.
A ideia dele era boa, de repente ficamos com meia dúzia de imóveis despachados, contudo as coisas não são assim.
Fiquei de falar com o cliente. Fiquei fulo, verde, vermelho. E só pensava este homem só me faz passar vergonhas. Com que cara é que ia dizer e exlicar um engano que nem era meu? Era como se quando comecei o negocio, já tinha segundas intenções. Fiz várias conversas na cabeça, mas resumidamente era assim: Olhe afinal desculpe lá mas não dá, mas se quiser fica com a outra que é bem maior e pelo mesmo valor. Já estava a ver o drama todo que ia surgir dali.
Quando me dirigia para a minha sala pensei, não vou é dizer nada, se não nem um negocio nem outro. Quem tudo quer tudo perde. Fiz tempo. Mais tarde liguei a informar o Bigodes que não dava, que o cliente ficou chateado e só faltou foi chamar nomes à minha mãe e ficou fulo da vida.
Então o Bigodes lá concordou com o negocio e fui para casa aliviado e acertei mais uns pontos com o cliente. Ainda fiz aquele jogo do tem a ceteza? Veja lá.
Os meu pais tiveram um acidente fiquei sem carro, lá se foi um bocado de frente. Estão bem, foi só chapa.
Jantei com o meu amor, para acertarmos uns pontos e fazer as pazes.
Apanhamos o Festival ao Largo, às portas do S. Carlos.
Fomos ao bairro beber um copo, como estava tudo no ALIVE viemos cedo para casa.
Hoje fomos até a Graça, esplanar, que é o mesmo que dizer ficar ao fresquinho numa esplanada. Já há imenso tempo que não ficava assim tanto tempo a ler.
Fartei-me de comer bolos.
Peso mais três quilos desde que vim de férias e não é assim que os vou perder.
No outro dia ao falar com a Cláudia sobre família e amigos veio à conversa a velha frase a família não se escolhe mas os amigos sim, enquanto tomava banho lembrei-me que os amigos também não se escolhem, só se contarmos com os do Facebook.
Sendo assim o meu primeiro amigo o Humberto ficou sendo porque moravamos perto. Depois conheci o Miguel porque era amigo do Humberto, fiquei amigo também da irmã do Miguel. Mais tarde conheci o José que namorava com a Maria, irmã do Miguel e ficamos amigos. Estes são os meus melhores amigos o núcleo duro.
A minha melhor amiga é a Susana porque éramos vizinhos e ficamos para o resto da vida. Depois a Susana casou e fiquei amigo do marido também.
Mais tarde conheci a Denise que era amiga de amigos e ficamos também amigos, por arrasto fiquei amigo do irmão.
Fiz amigos na escola que se perderam, na faculdade também não guardei nenhum a não ser a Andreia e Diana, mas já não as vejo há imenso tempo... deixaram de ser.
A Mafalda também andou comigo na escola emigrou e pronto, mas fomos muito amigos e se calhar ainda o somos.
Isto são exemplos de amizades que nasceram do acaso, e duma relação, de às vezes quase, como um namoro, que penso eu, não as escolhi, mas aconteceram.
Escolhi não me dar com A B ou C por variados motivos. Mas a amizade que fiquei dos que guardei não escolhi, calhou e por mais que me pense não me consigo lembrar de nenhuma que eu tenha dito quer ser amigo deste gajo ou desta gaja.
De manhã esqueci-me de lhe dar os parabéns. Liguei ao almoço, enchi-a de beijos quando cheguei a casa
Tivemos jantar para comemorar com a família toda cá em casa, mais extras. A minha mãe sempre stressada. Tenho ideia que quando ela prepara a festa, já está desejosa de ter tudo arrumado, ou arrependidíssima de ter organizado um jantar.
Quando cheguei a casa só me apetecia estar deitado e que não me chateassem até que tocaram à porta e eu ainda nem me tinha vestido... lá me lembrei.
Ofereci-lhe um telemóvel e agora carrego a cruz de lhe ter de explicar tudo tim-tim por tim-tim.
Quando me perguntaram quantos anos a mãe fazia, já não me lembrava, não lhe posso perguntar porque diz sempre que nunca sei, dizia acho que é 58 ou 59'? 60? 60 não de de certeza. Lá perguntei a mana que depois confirmou com o pai.
E pronto 57 anos de vida tão bom e pensar que muitas vezes pensei que não a ia ter por muitos anos. Mas isso é outra história.
Eu sou menino da mamã e quem tem uma mãe tem tudo.
Adoro festejar aniversários principalmente da mãe, e desejo que todos os anos festejamos mais um no ano seguinte