Ficamos na pousada. Um quarto bonito, antigo e romântico, com uma varanda à inglesa que passei a amar.
Sentia-me num livro.
Levava para ler um livro de História de Portugal que o HT me ofereceu no Natal, um calhamaço que pesava dez quilos.
Guardo lá dentro uma folha que apanhamos e guardei no livro, não sei bem porque, mas continua lá.
Tem quase tanto tempo como o nós.
Visitamos o que a cidade nos oferecia.
E à noite apanhamos uma festa num bar , cheia de malta da nossa idade. Quando descobri que um Vodka Redbull era baratíssimo, feito guloso, bebi uns quantos, para não dizer muito. Estávamos animados, dançamos imenso, rimos demasiado, e foi bem bom. Estava em altas.
Assim que saí do bar, tínhamos planos de ir a discoteca mais próxima, dei três passos e comecei a sentir o efeito do álcool no meu corpo, de repente, sem avisar, comecei a perder o equilíbrio, e a sentir o vento forte que não soprava, que me abanava de um lado para o outro.
E eu lutava para ficar firme e hirto como uma barra de ferro, só que ia todo torto.
Esta é a parte pouco romântica.
Mudamos de planos e fomos directos para a pousada. Quando entrei na pousada ainda me senti pior. Fui directo à casa de banho. Obvio que tive ali uns minutos a vomitar como gente grande, até o HT me ir buscar e levar-me para a cama. Assim que me deitei lá fui a correr aos tombos até à casa de banho.
Nada há que contar daquela noite, obvio. Assim dei oportunidade ao menino de acabar o seu livro.
Fui demasiado guloso naquela noite e não consegui saborear tudo o que a noite oferecia.
Porém quando penso nisto rio-me.
Tenho um historial de vomitar em hotéis, não sei explicar o porquê.
Umas vezes festejo outras não. Claro que há sempre um jantar de família, mas esse não conta.
Às vezes dava-me para ficar um bocado nostálgico ou assim meio deprimido. Este ano não, fiquei feliz do princípio ao fim.
Acordei bem disposto, dei graças por mais um ano de vida. Trabalhei bem disposto e divertido.
Recebi todas as felicitações dos colegas, beijos e abraços. Uns mais comovidos outros mais secos.
É bom sentir que gostam de nós. É bom saber que nos acham mais novos sendo mais velhos. Já não sou o mais novo da empresa, porém não me ralo, sou o mais divertido. Recebi felicitações no FB de amigos que estão longe, outros que estão perto, aqueles que ainda fazem parte de nós e da minha história.
Decidi ir jantar a Évora e passar aqui o fim-de-semana, é o meu presente que ofereço. Jantei bem, bebi melhor.
No fim recebi presentes do homem que amo e adorei.
Os meu pais tiveram um acidente fiquei sem carro, lá se foi um bocado de frente. Estão bem, foi só chapa.
Jantei com o meu amor, para acertarmos uns pontos e fazer as pazes.
Apanhamos o Festival ao Largo, às portas do S. Carlos.
Fomos ao bairro beber um copo, como estava tudo no ALIVE viemos cedo para casa.
Hoje fomos até a Graça, esplanar, que é o mesmo que dizer ficar ao fresquinho numa esplanada. Já há imenso tempo que não ficava assim tanto tempo a ler.
Fartei-me de comer bolos.
Peso mais três quilos desde que vim de férias e não é assim que os vou perder.
Como não fui à missa... ainda acendi umas velas na Igreja dos Mártires. É tradição sempre que ali passo, tenho de entrar. acender uma vela, meditar ali um bocado. O HT fica à seca mas tem de ser.
Andei até ao terreiro do paço bebi um Rosé à beira rio. Estava uma brisa fresca, estava-se muito bem na esplanada. Lisboa está cada vez mais bonita.
Depois subi até ao Chiado outra vez. E vinguei me assim que cheguei ao largo de Camões e enfardei um bolo e uma sandes que estava a morrer de fome. Subi ao Miradouro (nunca sei o nome, a seguir a São Roque) sentei-me a ver a vista, os pombos e turistas felizes, lá me levantei e fui para casa cozer batatas para o jantar.
Dei por mim, já são dez horas. Está ai segunda não tarda.
Fui a S. Martinho estes dias passar o fim-de-.semana. Éramos para ser quatro, acabamos por irmos 2.
A minha amiga tinha compromissos e MR. HT não lhe apeteceu a ultima da hora.
Tive na duvida se devia ir ou não sem o meu namorado, decidi ir.
Esteve de chuva. Deu para visitar o mosteiro de Alcobaça, bastante bonito e rico em historia, estão ali guardados os restos mortais de D. Inês de Castro e de D. Pedro I, o Justiceiro.
Vale a pena visitar todo o mosteiro.
Passamos os dias na ronha. Estava mau para ir à praia, mas nem fomos a piscina, por preguiça. Fui com o Alex, e éramos adolescentes outra vez. Comer, dormir, beber uns copos, ver filmes e vídeos, e passamos os dias assim.
Foi pena não poder partilhar estes dias com quem mais amo, mas nem sempre é como nós queremos.