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o Homem Certo

Um cão chamado desejo

Andei três anos em busca dum Bulldog Frânces. Três anos a desejar ter um cão.

 

 

Queria um Bulldog Francês por serem bonitos, meigos, viverem bem num apartamento e sempre quis um.

Então numas ferias a Málaga lá encontrei um senhor que tinha cães para vender. Comprei dois, um para mim outro para o meu namorado.

Eu queria um preto,o preto era cadela, baptizei-a como Amália.

Trouxemos os cães no carro, tinham meses dois ou três, não me lembro e não me apetece fazer contas.

Foi a viagem mais divertida que fiz de carro, os cães comeram e fizeram cocó todo o caminho, e nem eu nem ele percebíamos muito de cães.

Não sei se avisei a minha mãe ou não, cheguei a casa e mostrei o meu cãozinho, cabia na minha mão pesava  600 gramas, linda, tínhamos medo de a pisar.

A minha mãe disse que não podia ser Amália,não tinha graça, então escolhi Diana e ficou este nome.

Comprei tudo o que fazia falta, levei-a ao medico.

Brincamos, corremos.

Odiava ir à rua, quase que a trazia à rojo de zangado que ficava.

Depois comecei a passear a Diana acompanhado  com uma amiga que tinha outra cadela e assim já andava atrás da outra.

Levei-a à escola canina para ver se conseguia ensinar-lhe alguma coisa, porque eu não tinha jeito para ensinar. Nunca consegui ensinar, mesmo assim o senta e fica, sempre foi à vontade dela.

Em cachorrinha fazia cocó em todo o lado e comia tinta das paredes, ate fazer buraco.

Levei-a sempre de férias (quando era possível) e adorava ter todo o tempo para ela e te-la ao pé de mim.

Começou a ficar doente, problema, numa pata, depois fígado, quando vimos estava doente, muito doente...

Nunca liguei muito, habituei-me a doença dela, e à sua condição física, brincávamos na mesma, passeava-mos menos.

 

Hoje deixei-a no veterinário internada,porque precisa de ficar a soro. Para dizer a verdade não me custou ter deixado-a lá, apesar de pensar nela e fazer confusão estar aqui a escrever e a Diana não estar a meter-se comigo, para lhe dar atenção.

E sei que necessita daqueles cuidados.

 

O pior nem é isto é pensar que o bicho está a chegar ao fim dos seus dias, pode ser amanhã, dois dias, dois meses, mas será pouco tempo.

 

E é isto.

 

Tenho um cão tramposo

Já me tinham dito que os cães de raça pura têm mais doenças que os rafeiros. Eu achavai que não era bem assim.

Quem me disse isto foi o veterinário na primeira consulta. Não liguei nenhuma.

Desde que tenho a Diana anda sempre doente ou tem isto no pelo, ou tem otites ou outra coisa qualquer.

Hoje fiquei a saber que o cão não dobra o joelho, que é defeito de nascença, não há nada a fazer, logo não deve ter  filhos porque provavelmente vão nascer assim também. Vá lá que não lhe dói e ela anda relativamente bem e correr quando lhe apetece.

Tem um problema de pele que é para sempre e tenho de ter cuidado redobrado e tem otite, tem o canal quase obstruído.

Não sei os termos técnicos porque houve alturas em que deixei de ouvir, só pensava na conta final, e pronto vim com a carteira bastante mais leve e um saco cheio de medicamentos e afins.

 

O Veterinário partilhou comigo que tem um buldogue francês, como o meu e que não lhe tinha conseguido ensinar nada e era um porco autentico, adoptou este cão à força, porque estava gravemente doente e após dez dias de internamento não o foi buscar.

 

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