Sendo gay posso adotar uma criança com o meu namorado, quando casarmos?
Não!
Mas se esconder e adotar sozinho?
Sim. Posso.
Se eu enganar uma rapariga tivermos um filho, serei pai. Era capaz de fazer isso para ser pai?
Não!
O facto de ser gay não faz de mim um possivel, pior pai; até porque o meu pai (hetero) é um bom pai (chato para caraças) e mesmo assim saí gay.
Ter pai e mãe é, sem duvida o ideal, mas nem sempre é o melhor. Até porque há muitos pais negligentes. E não é a questão sexual que faz a diferença entre bom e mau.
Ser gay não faz de mim um ser especial, mas também não me torna um monstro, apenas deu um certo desgosto e amargo de boca a minha mãe. Tenho pena, contudo não vou viver a vida que os outros idealizaram para mim.
Há um argumento que as crianças vão ser gozadas nas escolas por terem dois pais ou duas mães. Muitas vezes somos gozados em crianças por variadíssimas coisas ou por nenhumas, depende dos amiguinhos atrasados que tivermos.
Em criança chamavam-me mariquinhas e hoje não sou traumatizado com isso.
Tenho ideia que cada caso será um caso e haverá muitos casais bons para crianças e outros menos bons ou maus, como em tudo na vida.
A adopção gay não é uma ameaça à família tradicional, mas sim outra forma de família. Acho que não há razões para ter medos.
E rezo para que Cavaco não tenha nenhum neto gay. Porque há sempre um gay em cada em família.