No dia em que peguei fogo ao carro
Esta história passou-se há oito anos.
Fui buscar um amigo a Santarém, fomos beber café e depois regressamos.
A caminho de casa, não andamos mais de dez minutos, enquanto o Humberto contava uma das suas histórias mirabolantes e fumamos cigarros, começa-me a cheirar a queimado.
Ai que cheiro, que cheiro, deve estar alguma coisa a arder e comentávamos esse facto.
Até que de repente começa a sair fumo dentro do carro, bastante fumo, olho para a porta e a porta estava a arder com imenso fumo. Gritávamos os dois feitos tontos. Ai ai. Parei o carro na berma, abri a porta e olhei à pressa no rebordo da porta tinha aquela caixinha da porta cheia de folhas de exames e papeis de portagens e outros lixos, tirei tudo para o chão, e apagava com o pé, com a camisola apaguei o que ardia na porta.
Depois de fogo apagado, tinha um buraco do tamanho dum telemóvel.
A primeira coisa que pensei foi: Ai o meu pai.
Tenho ideia que nunca ralhou, ou não viu ou não deu importância, por sorte compramos outro e demos aquele à troca e talvez nunca se tenha apercebido.
Moral da história não fumem nos carros.