A minha mãe lida qb com a minha homossexualidade, conhece o meu namorado, ela janta cá em casa, bebemos café, já fomos passear os três, e esse tipo de coisas.
Contudo a minha mãe nunca disse em voz alta o meu filho é gay, aposto que nem em casa sozinha. Ela preocupa-se muito com o que os outros pensam.
Já me deu alguns conselhos, até bons, em realação a dizer ou não dizer ser gay em detirminadas situações, ou em determinados grupos da sociedade.
Há dias a minha mãe partilhou comigo a seguinte conversa:
A Senhora X falava dos filhos, perguntou a minha mãe pela minha irmã que é casada, não é? Pois ela vê os miúdos, que são os meus sobrinhos, então e o filho? Tem que idade? Não namora? Bla bla. A Senhora X devia ter juntado 2 mais 2.
A minha mãe respondeu assim:
- Ahhhhh não, não namora... vai namorando... mas ainda não conheci nenhuma... vai namorando uma e outra.
A minha mãe disse que era o garanhão da parada, em vez de omitir ou desviar o assunto, mentiu.
Podia ter dito até aquela parte ainda não conheci nenhuma namorada, que é verdade, mas pronto vai vivendo o conto dela, que é difícil para si.
Até quando mãe?
A minha mãe nunca falou de eu ser gay a ninguém sem ser com o meu pai e a minha irmã, deve ser uma dor...
Às vezes enerva-me, mas cada um lida com o seu drama como pode.
Perdi uma aposta com uma amiga. Depois de ver o filme call me by your name e discuti-lo com uma amiga, apostei que o filme não ia ser nomeado, apesar de ter gostado muito e de achar um bom filme, ao que ela apostou que seria nomeado, e portanto lá perdi a aposta.
A semana que passou carreguei sempre em mim aquela birra estúpida que nos faz arreliar por qualquer coisa, se bem que logo a seguir passa, ninguém reparou, (penso eu) porque é uma coisa de dentro e os outros não precisam de participar na minha birra.
Tanto Sexta-feira, como Sábado houve copos e acabei o Domingo a dar uma volta pequena, ainda dormi um pouco de tarde.
Soube-me a pouco, apesar de ter sido divertido. O fim-de-semana passou depressa, pouco estive em casa, faz me falta aquela ronha do Sábado.
Para colmatar não consegui ir à missa, pois claro, ando-me a portal mal. Mau católico.
É irritante mês a mês, ou se calhar até duas vezes no mês, andarem colaboradores teus a baterem-me a porta ou a ligarem.
Hoje bateu-me à porta uma rapariga, assim que percebi que era da vodafone adiantei logo, tenho contrato com Meo mais um ano, depois tenho um cão da mesma raça que o cão do casal do anuncio.
- Ah mesmo parecido com Bart.
- Sim, mas como lhe disse tenho contrato ainda, não percebo é que já vários colegas me bateram à porta...
- Ah mas começamos hoje esta área... se é assim, então sabe as perguntas que lhe vou fazer.
- Sei, mas desculpe, não vou responder.
- Se a Vodafone conseguir mais vantagens... mudava?
- Sim, claro.
- Posso ficar com o seu numero?
- Não, estou farto que me liguem a perguntar se já acabou o contrato... Peço desculpa.
Eu respeito todos, e sei que a rapariga estava a fazer o seu trabalho, e bem. Não a tratei mal, por respeitar o trabalho dos outros, e ela não tinha culpa. Chateia um bocado este tipo de visitas.
Mais tarde ponderei se não fui mauzinho... mas já está.