De manhã fizemos o acto solene de colocar a bandeira, como já tinha contado.
Depois almoçamos juntos, e decidi leva-los ao Palácio Nacional da Ajuda, que é o meu preferido e em seguida brincarmos no Parque infantil de Alvito.
Tivemos azar, estava fechado. Já é a terceira vez que levo o mais velho e não conseguimos ver o interior do Palácio. Desta vez lembrei-me e mostrei-lhe as traseiras, da parte inacabada o que os fez de certa forma intrigados.
Como planeado fomos ao parque. Brincamos, ou melhor eles brincaram eu andei a vigia-los. Fizemos um piquenique e brincamos mais um pouco, comemos gelados e andamos a correr.
Ainda houve tempo para ataques de cócegas, histórias e gelados.
Fechei os olhos e pensei na melhor sensação que tive e lembrei-me de duas.
Uma de diversão num parque temático. Experimentar queda livre, 68 metro a cair a pique, é maravilhoso. Primeiro assustador, parece que os estômago, se cola à boca, mas depois, é como nos sentíssemos livres.
Gostei tanto daquela adrenalina que repeti 6 vezes, a queda conseguia atingir 60km/hora, é brutal.
Depois não há melhor sensação de ver um bebé acabadinho de nascer.
Quando a minha irmã engravidou fiquei super contente, à espera de ver o menino, e ajudei-a, acompanhei a barriga crescer, levava-lhe as compras a casa, fazia-lhe companhia, ia com ela ao médico, comprar roupa, fazia tudo o que ela pedia.
O meu sobrinho nasceu e quando soube, agarrei na Susy que estava comigo e na minha avó e fomos a 200 à hora para o hospital, quando larguei a minha avó na porta do hospital a Senhora até ia zonza, imaginem a condução agressiva.
Quando abracei o meu cunhado e lhe dei os parabéns, ele só falava em inho, ah tão pequenino, e as orelhinhas? E as mãozinhas? Ea boquinha? Ohhhhhhhhh perfeitinho. E os dedinhos? Ohhhhh e os olhinhos?? Grandes, aperta a mãozinha com força.
A minha irmã estava feliz, meio drogada ainda, mas feliz, todos juntos para festejar a chegada do mais novo.
Quando entrei na maternidade, e vi o meu sobrinho através do vidro, ali a dormir, descansado, era tão grande que quase não cabia no berço, tinha o cabelo farto, muito cabelo, era o nosso, era meu, era o meu sobrinho Pedro.
Não há melhor sensação que dar as boas vindas a bebes, recebe-los com amor, e recordar as primeiras horas para sempre, ah e pegar-lhes ao colo assim mínis e indefesos, e dar o meu primeiro beijo, como quem os abençoa.
E cá em casa criei a tradição no dia 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, de colocar na varanda a Bandeira de Portugal.
Antes de colocar a Bandeira ouço o Hino, é o acto solene cá de casa. Ao principio a minha mãe achava que eu estava maluco, mas agora já é tradição desde 2004
Amanhã vou comemorar com os meus sobrinhos, eles já sabem cantar o hino e tudo. Quero incutir neles o sentido patriótico.
Portugal não é perfeito mas é nosso. E o que podermos fazer pelo país devemos faze-lo.
Serve este dia também para nos lembrar da nossa história e dos nossos heróis. Ainda estou a pensar onde levar o meus sobrinhos à tarde, a um sitio representativo e que simbolize Portugal no seu todo.
Meus amigos se tiverem um cão, e se forem passea-los, apanhem os cocós dos bichos.
Mesmo que os passeiem em sítios com relva ou terra, não é nada agradável pisar os cocós.
Não custa nada apanhar, podem comprar uns sacos próprios, são baratos e práticos, podem também utilizar guardanapos de papel, desenrasquem-se mas não deixem a porcaria no chão.
Meus amigos se continuam com o endereço de email que fizeram aos 14 anos e têm agora mais de 22, já para não dizer 30, está na altura de mudarem.
Sexta ao pedir o email a uma cliente já nos seus trinta, vamos fingir que se chamava Maria Carina, seria tipo isto Marix_Karina_slb@qualquercoisa.com, dá uma imensa vontade de rir, acontece nos CV. que recebemos na empresa, ou nas propostas que mando para o banco.
Ninguém pode levar a serio uma pessoa que o email seja kiduxamailinda@qualquercoisa.pt, ou eduardogostoso@jamudavas.com
Eu juro que tinha vergonha de dar um endereço assim.
Tentem juntar os nomes e metam um numero, é menos fantástico, mas mais correcto. Certo?
E utilizam esses para os amigos e afins e utilizam um para contactos mais sérios.
Estes email são apenas exemplos porque há quem tenha bem pior, mas são mais ou menos dentro do género.
Dou por mim a reparar em estranhos que me fazem lembrar os que partiram.
Muitas vezes encontro nos rostos dos estranhos metades do meu primo, que morreu à dois anos, lembro-me muito dele.
Encontro nas velhotas outro tanto da minha avó Chica e lembro-me das histórias que passamos juntos e do amor que partilhamos.
Gostava de viajar no tempo e sentar-me no colo dela e enche-la de mimos como fazia sempre, mesmo já sendo maior do que ela.
A avó Vivi que ainda é viva ficou a ganhar os beijos a dobrar. O que não posso dar a uma dou em dobro à Vivi e assim aproveito a vida dos que estam vivos.
Dizem que as avós são umas segundas mães, e isso foi e é tão verdade.
Penso que quando a avó Vivi partir a quem dareu os beijos que guardo para elas?
No trabalho as coisas foram iguais ao de sempre, com excepção de que o meu chefe estava de férias.
O meu cão continua doente.
As sextas movimentadas acabaram até Setembro. Ontem tirei a noite para mim, quase não me mexi, vi séries e um filme, e fui dormir cedo.
Estou a ficar velho e acordo antes do despertador tocar, o que me irrita profundamente, pois a seguir já não consigo dormir, hoje eram 8 e meia e já andava a passear a Diana.
Tenho andado a contar os dias para ir de férias, tenho em cima da secretária um mapa, iguais ao que fazia em puto para o meu aniversário e ou para o natal, marcando os dias que já passaram com um X. O pessoal olha ri-se e depois querem um igual.
Não fiz caminhadas.
Fui à feira do livro e comprei seis livros poupei mais de 60 euros.
Este fim-de-semana vou tentar não fazer nada para poupar para as férias.
Todos os dias penso em deixar de fumar, só que ainda não é hoje.