Uma vez por mês reunimos-nos para jantar, conviver e matar saudades.
Chamo jantar das velhas porque a média de idades é para cima dos 50. O mais novos tem 28 e os mais velho 67.
Apesar das diferenças de idades, vivências e estrato social, há muitas coisas que nos unem, principalmente o amor e amizade que sentimos uns pelos outros. Nestes jantares partilhamos ideias, historias e o dia a dia de cada um. Costuma ser sempre um jantar divertido.
Não sei porquê, hoje não estava lá, estive calado e ausente.
Ah e meia noite estava acabado, vim para casa mais cedo e não apetecia.
Bem podia escrever ou contar que ontem foi um dia muito bom. Que trabalhei pouco. Que se tudo correr bem vou ter a melhor segunda-feira no trabalho.
Que ontem acabou mais uma etapa.
Passado uma semana só na quinta reparei que o meu Namorado cortou o cabelo.
Hoje toquei à campainha duma senhora que precisava tratar duns assuntos, por parte do meu patrão e ela estando em casa não me abriu a porta, pensando, se calhar que era uma testemunha de Jeová ou que era do Meo ou da Nós.
Descobri que tenho mais cuidado com a medicação do cão, que com a minha, e que agora tenho medo de tomar as vitimas do cão, se me distrair.
Tinha programado ver o episodio II do Star Wars, mas ainda não vi.
Não tenho lido nada.
Ainda não fui à feira do livro, também não tenho pressa.
Não consegui sexta e hoje até ao almoço entrar em sites porque o meu PC está com vírus.
Até podia escrever sobre isto, mas se calhar não tinha importância fica para uma próxima.
Hoje de manhã não estive na empresa, deixei o Zé Carlos orientado e fui à minha vida.
À tarde vi-o assim triste.
Pensei que, se calhar, ralharam com ele, e vá de perguntar, então estás triste, e coisas do género, e ele nada. Mas sempre com um ar triste.
De tanto o melgar zás o rapaz desata chorar, tal e qual uma Madalena arrependida. Ai a minha vida (pensei para comigo).
Eu fui dar uma volta, voltei, perguntei o que tinha, nada disse, fui dar uma volta, a pensar e agora o que faço, o que digo. Não tenho jeito nenhum para choros.
Voltei e disse-lhe para ir à casa de banho lavar a cara, beber uma água e depois quando se sentisse capaz voltava.
Quando voltou vinha com melhor cara. Perguntei se sentia melhor e deixei-o estar sossegado.
Acordei as 6 da manhã, muito antes do despertador tocas. Sentia-me ansioso, não tenho nada para estar assim.
Devia estar com uma cara de meter medo, que o meu chefe comentou que cara era aquela, tão para baixo, pensei que deviam ser rugas, mas não, aparentava cansaço
Ontem deitei-me cedo, nem saí de casa depois de jantar.
Hoje arrastei-me. Tive ajuda no trabalho, tenho dois estagiários que me fazem a papinha quase toda e ficam felizes. Só tenho de supervisionar se está tudo bem e até agora tem corrido às mil maravilhas.
A empresa está cheia de estagiários, são novos, brincalhões, bem dispostos, até de mais, e como é tudo novidade toda a gente fica feliz e animam a malta.
Hoje passei o dia a avisar o Zé Carlos (estagiário), para não ter certo tipo de brincadeiras, tipo abraçar as colegas e outras mariquices do género, que ficava mal. Ao fim do dia o Zé Carlos, teve o azar de andar a brincar aos abraços e sei lá o que , que não vi, mas quando entrei na minha sala estava o meu patrão em brasa, de óculos na mão, a dar-lhe um sermão pior do que o do Padre Vieira ao peixinhos. A sorte foi o Zé Carlos não abrir a boca, se não ainda lá estávamos. Ainda vou ouvir sermão por causa do Zé.
Já baptizei três deles Floribela, Zé Carlos e Zé Alberto, não devia dar muita confiança, porém são só 6 semanas quero que se lixe.
Quando cheguei a casa a Diana não comeu, não comia há dias e bebe pouca água, fui comprar um paté e nada. Vá de minha mãe me chatear a cabeça para levar o bicho ao médico.
Lá fui e foi uma pipa de massa outra vez, consulta, análises. Emagreceu um kilo em 20 dias, anda enjoada, mais enjoado fiquei eu depois da dolorosa conta. Ainda bem que não é nada de grave, espero ainda que a medicação seja barata, mas já me estou a mentalizar que não. No principio deste mês já lá tinha ido por outros motivos.
Sou tão coisinho com o dinheiro que cada vez que o Veterinário dizia ah isto não é, e a cada pergunta que fazia eu respondia negativamente, fazia um YES mental, não tem nada ainda bem, a minha mãe estava errada.
Mas afinal mami estava certa, e pronto tenho de tratar da Diana.
E pronto até agora foi assim o meu dia, não parei até agora. Beijos que agora vou beber um copo que apesar de me apetecer ficar em casa não me posso render .
A critica à biografia de Pedro Passos Coelho é tão má e gozam tanto, cito Pacheco Pereira: “dada a vacuidade geral e o terrível mau gosto que o perpassa de uma ponta à outra. O mau gosto, aquilo a que se costuma chamar “possidónio”.
Incrível é, falarem tão mal deste livro, que me dá uma imensa vontade de o ler.
Adoro a capa. Alem do ar totó do Sr.. PM, aquele movimento de apertar a gravata, faz-me imaginar a ser eu a apertar aquele nó com força até ficar roxo. Depois deixava-o respirar e dizia-lhe: Custa não custa?Eu também levei muito aperto, dois beijos à esposa e às filinhas.