- Esquentador, gasta muito gás. Disse o Sr. Abílio a quem tinha mostrado uma casa, eu que não sou de contrariar concordei. E continuou:
- Sabe, eu na minha casa tenho esquentador, mas a maioria das vezes tiro a pilha e digo às minhas filhas, o esquentador está avariado. - E continuou - Aqueço água numa panela (no fogão) e depois tomam banho à caneca! Justificou-se assim: Já viu estarem ali debaixo do chuveiro, muito tempo? Enquanto demonstrava a situação com gestos. Ahhhhhh fiz eu.
- Assim poupo bastante no gás e na água.
Boa ideia, concordei eu, mas juro que não vou experimentar, não parece muito cómodo. Contudo que devem poupar água e gás, não duvido.
Produto novo. Relatório para fazer. Soube disto ontem, porque calhou perguntar, faltavam-me dados, fui pedi-los hoje ao ao meu directo, este produto era para expedir hoje.
Um assunto de 5 minutos, demorou uma hora. E eu a querer despachar o relatório antes de almoço. Entretanto falei-lhe de mais dois produtos que ainda são experiencia, a mim não me fazia diferença nenhuma, aqueles produtos estarem em stand by, só que os colegas já me tinham perguntado centenas de vezes o que fazer, para darem seguimento ao artigo. Deu-me as indicações do que havia de ser feito, provisoriamente, Saiu me esta frase: Ahh eu prefiro esperar, do que fazer isso, ainda por cima provisório, porque depois mudas de ideias e temos de fazer tudo de novo, é melhor esperar. Depois é que vi o que tinha dito, ficou serio, mudo de ideias, perguntou a si mesmo em voz alta, e começou a rir, mudo de ideias, olha agora, e riu-se. Ainda pensei em dizer já não era a primeira nem há de ser a ultima, só que contive-me.
Saí com os dados que precisava. Depois de almoço agarrei-me ao relatório, o programa que uso volta e meia desconfigurava-me o trabalho todo, quando cheguei a certa altura as contas não me batiam certo, deu-me os dados mal pensei, vá de ligar, uma, duas, três vezes, seguidinhas, que eu não brinco em serviço, ainda liguei mais três, o cabrão nada de atender.
Mandei mensagem a avisar que possivelmente tinha me passado mal os números, que não podia ser, nha nha nha nha, e pumba. Continuei de roda daquilo, para a frente e para trás e nada. E ele nada de me responder. Ainda comentei com dois colegas que não percebiam nada daquilo, mas deu para desabafar.
Às tantas comecei analisar com mais calma e descobri que afinal tinha introduzido mal os números, nunca me podia bater cedo. F***-se, acabei por mandar uma mensagem a dizer apenas: Esquece!
Vergonha, é o que dá ser stressado, mesmo Tónhinho
Desde adolescente que tenho uma vontade imensa imensa de fazer uma missão em África, estava vontade vai e volta, ou esqueço-me e vou-me lembrando.
Tenho pensando muitas vezes na Síria, país muito pouco seguro, devastado pela guerra que nunca mais acaba, penso muitas vezes nos refugiados que perderam tudo e fogem da guerra, para outras países que não os querem receber, penso também nas milhares de crianças que ficaram sem família, ou perderam-se da familia.
E penso que se tivesse coragem devia ir, coragem e dinheiro porque muitas vezes a pessoa que vai em missão tem de pagar várias coisas, como a passagem, etc.
Cada vez que digo " Qualquer dia largo isto tudo e vou para a Síria.", ela responde ai filho Síria é que não, mas a Síria não me sai da cabeça.
Não há nada que me encha mais a alma que uma ida ao teatro ver um bom espectáculo.
Venho de lá animado, cheio e inchado, mesmo que seja um grande drama, daqueles de chorar baba e ranho, ou daqueles que pensamos que nunca mais acaba, porque depois de estar duas horas sentados já custa ver e ouvir.
É a minha grande paixão.
No ano passado fui mais vezes ao teatro do que ao cinema.
Este ano fui 3 vezes ao teatro, este mês não fui e já tive a ver, até ao final do mês não devo conseguir ir ver nenhuma peça.
Há muita coisa que quero ver e não consigo, preguiça, às vezes falta de tempo, cansaço ou dinheiro.
Mas quando posso vou sempre.
Está me a fazer falta.
Fui a um concerto logo em Janeiro, este mês foi fraquinho, melhores meses virão.
Ao cinema não fui nenhuma e gostava tanto de cinema, mas agora adormeço, então evito ir dormir para o cinema.
Vou ser padrinho da minha sobrinha mais nova. Nunca quis ser padrinho dos meus sobrinhos, porque achava que já era tio, e tio é muito mais giro que padrinho.
Quando se começou a falar em baptizar a menina, fiquei a desejar ser padrinho, como tinha dito à mana que não queria ser padrinho, e sempre que me convidava explicava que não, desta vez fiquei cheio de vontade. A, B e C não podiam ser padrinhos porque não eram crismados, e aqui O Homem Certo é, então fiquei eu, e dei graças por ser.
Já tenho um afilhado menino, faltava-me a afilhada.
Coitados, ser padrinho para mim não é só oferecer presentes, até porque às vezes, não calha, mas quando posso ofereço presentes. Ser padrinho de baptismo é principalmente ajudar os pais e o afilhado a guia-los na fé, e educa-los também, inclui também dar mimos, passear e brincar com eles.
Podia não ter uma capa bonita, mas tinha de ter conteúdo e muitas histórias.
Que fosse daqueles que se mete em destaque e que fosse lido e relido por muita gente, ou que quando não se lê põe se na estante para fingir que se leu.
Também podia ser um livro infantil e seria feliz para sempre.
Se calhar um livro de bolso para andar de um lado para o outro. Ou um livro de registos onde ficaria para sempre registado, nomes, moradas e afins, ou contas, e ficaria ao lado de tantos e tantos livros iguais a mim.
Um livro antigo também não era mau pensando, pior era o pó, mas assim já tinha uma longa história, só pelo tempo de vida e mais do que um dono.
Uma Bíblia, um conjunto de livros, com várias histórias, com imensas personagens, cheios de dramas, aventuras, guerras e paz, emoções, tem um pouco de tudo, mas se calhar demasiado sagrado.
Um livro erótico? Uma Biografia? Hum!
Bem se calhar mesmo era ser um livro em branco e cada um escreveria a sua história.
O melhor é ir dormir que está tarde.
P.S. Fartei-me de pensar se fosse um livro que titulo queria ter, só que não me ocorre. E vocês que titulo queriam?