Refugiados, refugiados, refugiados e mais refugiados
Já há uns anos que olho para esta questão dos refugiados da Síria. A guerra civil já dura há três quatro anos, se não me engano, desde 2011(?). A revolta dum povo contra o seu líder, Bashar al-Assa, que é um homem que não entendo, estudou em Londres, todo moderno, provou a liberdade e o mundo dito Ocidental; a sua esposa, nasceu no Reino Unido, estudou e trabalhou em Londres, até que casou e foram viver para a Síria.
Quando Bashar entrou no poder prometeu reformas para a democracia, tirou as tropas da Líbano... prometeu, mas não cumpriu, e devia ter tomado o gosto pelo poder que não o quis largar.
Quando começou a revolta árabe, a chamada "Primavera Árabe", um pouco por todo o mundo árabe, o presidente prometeu reformas e novamente não cumpriu e eis que começa a oportunidade de oprimir uma oposição e depois um povo. Tinha ali naquela revolta um justificação para entrar em guerra com o seu povo, chamando os lideres da oposição e da revolta de terroristas. E assim começa uma guerra que ainda não acabou.
Todos sabíamos do conflito, mas era tão longe que não nos importava.
Como se isto não bastasse começa o Estado Islâmico a ganhar força pelo Iraque, Síria e um pouco por todo o mundo muçulmano, dá-se o esperado, mas confesso que nunca tinha pensado que iria ser assim.
Pessoas a fugir do seu próprio país, em guerra, onde já nada têm para tentarem um sonho de uma vida em paz.
Imagino a coragem de passar um mar no bote, apinhado de gente para tentar chegar à terra prometido. Deve ser um acto de desespero.
Mas se me perguntarem a mim se preferia morrer a matar irmãos meus ou com a garganta cortada pelo E.I. Preferia sem duvidar arriscar a vida do que a dar de bandeja.
Será vencer ou morrer.
É desesperante ver aquelas pessoas numa luta para chegarem ao destino à tão sonhada Alemanha.
Imagino o que a Hungria está a passar com tanta gente por ordenar e encaminhar, e ficam ali presas porque ninguém as quer receber. E os húngaros também não sabem o que fazer, já para não falar na Macedónia, que é um país com certas dificuldades e também têm passado muitos refugiados.
Acaba por ser o desespero de uns e dos outros.
Se não nos organizarmos vai ser um descalabro maior.
Não percebo porque é que a ONU não entra em acção e com força, para a Paz, ajudar os refugiados. Ajudem a Síria, a Líbia, o Líbano apoiem o Iraque contra o Estado Islâmico e não teremos de certeza este flagelo.
Não podemos e não vamos conseguir virar as costas a este problema. Se não ajudarmos esses países teremos estes dramas constantes. E mais, este problema vai ser um pau de dois bicos, porque incentivará todo o norte de África, e se calhar a maioria dos países pobres de África a sonhar cada vez mais com a Europa e da Europa para mundo.
Este problema já não é novo, mas nunca com estes numeros, como agora... Acho que ainda estamos no inicio.
Sou a favor que cada um deve sempre tentar melhorar a sua vida como conseguir e sempre que o deseje.
Espero que estas pessoas consigam alcançar os seus sonhos e reorganizarem as suas vidas. E que um dia, se o desejarem voltem aos seus países, no caso destes renascerem das cinzas.
E não se preocupem se Portugal ajudar, a Europa dá o dinheiro para a juda.