Frágil, suspenso à tua espera (?)
Eu não sei o que aconteceu em nós, ou o que aconteceu em ti, o que acabou, ou o que nasceu na tua vida.
Sinto que a minha vida está em suspense à tua espera, como a excitação duma espera que o pano do palco, do teatro se abre e me mostre uma historia, e que eu a viva ali, naquela instante.
Assim sou eu sentado a olhar para o monitor dos batimentos cardíacos, a ver se continua, se precisa de reanimação ou que morra.
Estou suspenso, à espera, não sei se de ti, se de mim ou do fim.
Este tempo e este silencio, matam-me um bocadinho, e mata o resto, que assim não cresce. E dá me tempo para pensar, que não sabes o que queres, que tens medo de dar passos largos e importantes, que se calhar não sou o tal, que se calhar não vamos ficar para sempre.
Eu tinha certezas, as vezes caímos e levantamos, e escorregamos e não caímos, os espalhamos-nos ao comprido.
Imperdoável, é pedires um tempo, silencio, sem pressões. Cresce em mim uma certa raiva.
Desejo que voltes, mas rezo por um ponto final